Antibiótico doxiciclina traz esperança no tratamento do Parkinson
- Arlan alves ferreira
- 29 de jun. de 2017
- 1 min de leitura
Descoberta ocorreu durante experiência em que a ração dada às cobaias foi trocada por engano pelo composto com o princípio ativo

Uma pesquisa realizada com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e participação de três cientistas brasileiros vinculados à Universidade de São Paulo (USP) sugere que o medicamento antibiótico doxiciclina – usado há mais de meio século contra infecções bacterianas – pode ser indicado em doses mais baixas para o tratamento da doença de Parkinson. O estudo foi publicado na revista Scientific Reports, do grupo Nature.
Segundo os autores, a substância reduz a toxicidade de uma proteína conhecida como α-sinucleína, que em certas condições forma agregados que recobrem e lesam as células do sistema nervoso central.
A morte dos neurônios dopaminérgicos (produtores do neurotransmissor dopamina) é o principal evento relacionado ao desenvolvimento de sintomas como tremores, lentidão de movimentos voluntários e rigidez, entre outros. Não há atualmente fármacos capazes de impedir que esse processo degenerativo progrida.
Para estudar possíveis alternativas terapêuticas contra o Parkinson em camundongos, o grupo recorreu, à época, a um modelo bastante consagrado para induzir nos animais uma condição semelhante à doença humana. O método consiste em administrar uma neurotoxina – a 6-idroxidopamina (6-OHDA) – que causa a morte dos neurônios dopaminérgicos. Veja mais aqui...
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